sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Não quero por título

Já há algum tempo que não escrevo. Hoje o formato será outro. Para os que me conhecem e sabem das minhas metáforas e entrelinhas, etc, vou dispensá-las, todas. Vamos direto ao assunto. Nunca digitei sequer um só palavrão neste blog... Será? Não me recordo de nenhum e espero não estar enganada. Vamos lá: Putaquepariu!! Como dói essa tal de saudade. Hoje está fo..., deixa pra lá, não quero manchar a poesia do meu texto, se é que ele terá uma linhazinha que seja de frase poética. Cheguei hoje de Minas, onde mora minha linda Mel, nem tão doce assim, mas a filha cujo nome na verdade é Melodia e tem apelido de alimento produzido por abelhas. Fiquei cinco dias lá em Mariana e voltei carregada de saudades.Entrei em casa, abracei meu cão, minha Rose, secretária indispensável, meu filho gato (não um animal, gato de lindo mesmo) e toquei o dia pra frente. Mas quando chegou a noite... Meu amigo ou minha amiga... A casa vazia, cada qual no seu canto...Filho sai, o cão dorme... O quarto lá, tão arrumadinho... O quarto de Mel vazio, inacreditavelmente impecável, estático, com os porta-retratos todos alinhados sobre a mesa de estudos que não apóia nenhum livro... Sem louças na pia, sem ninguém chamando para o costumeiro lanche da noite. Não é a tal da solidão. Não sinto isso não. É saudade mesmo, daquelas que a garganta dói e a gente nem consegue engolir. Saudade das crianças pequenas,das tardes  no teatro, da Sandy tocando sem parar no aparelho de som... Agora, num lampejo de lucidez, lanço adiante meu olhar, esperando o momento de me acostumar com a idéia de que filhos são para o mundo... Pronto, não queria pôr figura de linguagem nenhuma, mas é isso: Embrulha tudo pra viagem!!! Vamos aguardar a próxima estação.