domingo, 15 de agosto de 2010

Não gosto de vampiros. Não gosto de discutir política. Não gosto de política. Exerço minha cidadania em silêncio... Gosto de pessoas e meu assunto favorito é a vida. Não gosto de defender idéias e nem de tentar convencer alguém sobre algo. Prefiro o encantamento. Acho que o melhor método de se obter um aliado é o encantamento, sem sedução, sincero! Não gosto de parasitas, de pessoas insensíveis, de amizades diplomáticas. Defendo algo que acho raro. Verdade! Transparência! Prefiro ouvir poesia, música, aforismos... Prefiro ler romances, biografias, salmos... Prefiro escrever versos, cartas e e-mails de amor para meu amado. Não gosto de acidez, de sarcasmo. Sou assim. Gosto de doces, de coisas simples, de falas mansas. Não falo da vida alheia, não vejo filmes de terror nem de guerras, não leio Caras, não assisto mais o Jornal Nacional... Minha opção atual, dá licença? Então, não entupa minha caixa postal com imagens terroristas, não invada minha casa com horário eleitoral, não deixe jornal sangrando em minha porta. Não me fale palavrões e não me conte fofocas. Não me julgue e não perca seu tempo fazendo tipo pra mim. Não me roube energia. Não gosto de vampiros.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Amanheceu


Quero desembrulhar todos os sonhos que embrulhei pra viagem... Dos pequenos aos maiores. Alguns quero desembrulhar cuidadosamente porque são delicados e frágeis, outros rasgar suas embalagens e arrancar a tampa da caixa deixando-os saltarem como uma surpresa... De alguns já não me lembro mais, mas guardo seus sabores. Os sabores de felicidade, de sossego, de ternura, de paixão... Tenho certeza de seus aromas e de suas essências. Quero botá-los ao sol, porque boa parte deles ficou enclausurada na bagagem, sem terem a menor chance de pegarem cor, refazerem-se de umidade, despedirem-se da poeira. Meus sonhos foram embrulhados em papel de presente, com laços e fitas e apesar de alguns deles estarem mais amarelados, mantiveram-se saborosos e açucarados.  Os pés doeram, as costas se cansaram, o olhar se perdeu... Longa jornada vida adentro...  Amanheceu! Não há mais o calor do desespero e há brisa no ar. O coração permanece quente.... Desfaçam os nós dos laçarotes, já não há mais uma alma fria! Venham todos, realizem-se. Há sol brilhando a meia noite e lua cheia ao meio dia!