terça-feira, 18 de maio de 2010

Samba de Gafieira

Samba... A gente não perde o prazer de cantar e fazem de tudo pra silenciar a batucada dos nossos tantans... Amo. EU SOU DO SAMBA!

Sofreguidão


Canção de roda. Beijo de mãe. Água fresca. Abraço de irmão. Gargalhadas. Brindes. Talharine ao funghi. Samba do Chico. Cama limpa. Banho quente. Gloss labial. Céu azul. Sol. Brisa. Estrelas. Louvor a Deus. Festa a fantasia. Festa de aniversário. Festa Junina. Festa sem motivo. Presentes. Estrada limpa. Paisagem. "Eu te amo". Cinema. City bar. Praça com Noah. Sofá com Noah. Café com Gi. Papo com César. Sala de ensaio. Salão de dança... Como Virgínia (personagem de Mulher Livro), decidi viver em um mundo só meu. Deixando para o lado de fora da janela todas as crueldades deste mundo. Lendo todos os livros de romance que ainda não li, um mundo que não existe mais, sentada no sofá, com as chamas do lado de fora do apartamento... Uma heroína contemporânea, saída do conto da minha própria existência, interferindo nas linhas escritas, fechando as páginas tristes, poetizando os contos trágicos, finalizando as histórias sem finais...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Querência

Sinto fome amor.
Tenho sede.
Minhas mãos estão vazias.
Sinto o peito te buscando, meu abraço te apertando.
Coração bate palpitando por você.
Sinto sua falta amor.
Sinto saudade dos seus sons. Meus braços querem suas costas e minha boca busca seus ouvidos, meus ouvidos sua respiração...
Seus movimentos, sua dança, sua graça, sua doçura.
Minha mão direita segurando sua mão.
E logo a dança é só flama e os olhos derramam mel e a boca quer falar, mas a alma se inquieta, incerta e alerta, a razão vence por um instante... Melhor calar.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nada pra falar.

É... O povo fala mesmo! O povo fala de você, do presidente, do técnico da seleção. Fala que você é triste, que você é ansiosa, que estraga os filhos, que é intolerante ou paciente demais. Fala que você é exigente e por isso vive sozinha. Que trabalha muito, que é muito quieta, muito isso ou muito aquilo. Fala da sua macarronada, do seu esmalte, da sua roupa, do seu carro, da decoração da sua sala... Mas não falam dos seus olhos, dos seus sonhos, do seu silêncio, da sua renúncia, da sua capacidade de ouvir... Não importa qual seja a situação. Se tudo está bem, há notícias a serem divulgadas, quando tudo está mal, nem se fala.... Falam! Quando tudo está calmo, há que se falar algo. Enfim, uma notícia boa no telejornal! Qual mesmo? Notícias boas são esquecidas... Observações positivas raramente são verbalizadas. Hoje eu não quero falar nada. Quero emudecer. Nada a declarar, a comentar, a anunciar... Somente meu silêncio. Ele fala por si só.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Doce deleite


Eu não gostava de beterraba. Não gostava de unhas dos pés vermelhas. Não gostava de ficar sozinha e Djavan me deixava triste. O pôr do sol me dava angústia. Hospital me dava medo... Era tímida. Minha autoconfiança só foi restaurada depois dos meus 35 anos... Quase a metade de uma vida. Não gostava de eletro music, de comida japonesa, de pimenta e de pimentão. Engraçado. Mudei um tanto. Tudo isso que eu não gostava, passei a gostar. Inclusive de giló. De hospital porque quando estou lá, vislumbro a vida. Unhas vermelhas nos pés e nas mãos, combinam com minhas sandálias de verão. Passei a gostar do inverno, que antes eu detestava. Adoro malhar na academia, coisa que antes era avessa. Depois dos 35 achava que só poderia olhar para homens de quarenta... Cinquenta. Hoje permito (eventualmente) deleitar-me no abraço de um moço de 25... Ai como é bom! Como é bom salada de beterraba, de berinjela italiana com pimentões coloridos! É divertido cantar Djavan com meu lindo filho tocando violão no chão da sala! Como é bom a alta de minha filha de um hospital e vê-la entrar em casa!! O pôr do sol é encantador, vivi mais um dia! Me sinto artista de cinema dentro dos meus sobretudos e tenho uma técnica incrível para meus momentos de timidez. Auto- estima em alta sempre, mesmo quando o peso, a solidão ou saldo negativo estão em alta. Comida japonesa é minha favorita. Agora, o mais legal de tudo isso é que as coisas que gostava não deixei de gostar, salvo, é claro, algumas poucas excessões como: bolachas recheadas, chips, homens mau caráter(tendências femininas). Continuo amando Chico, mesmo ouvindo eletro house no carro, dançando na sala com meus filhos ou numa balada com os amigos. Não abro mão da dança de salão, mesmo me acabando no "puzputz". Agregar valores é fantástico! Não me prender, soltar as correntes, experimentar o novo. Afinal alguém que cruzou meu caminho certa vez me disse: O novo sempre vem!